Emmanuel Lévinas (1905/1995)
"Lévinas mostrou de um modo magnífico como esta aceitação de uma dívida não contraída e nunca remível é precisamente o que constitui a humanidade do homem. Para Levinas, o humano, num sentido radicalmente diferente, portanto, do que foi promovido pelo humanismo latino, tem a sua origem na "responsabilidade pelo outro". Sem esta, o homem é uma "substância", um puro conatus essendi, como a pedra ou as estrelas (e esta substância amoral pode construir, ou deixar construir Auschwitz). Só a ética bíblica arranca o homem a este estatuto de inumanidade e de insignificância."
"O que é o Ocidente?" (Philippe Nemo)
A não ser esta responsabilidade, mas que exige um muito mais elevado grau de consciência, porque aqui se trata do futuro e de uma humanidade ainda abstracta, não há nada que possamos contrapor à vontade de viver segundo as expectativas criadas pela sociedade de consumo.
A questão ecológica, da origem antropogénica das alterações climáticas, por uma volta inesperada dos acontecimentos, vem confrontar-nos com a questão do ser. O que é a humanidade?
Poderemos escolher outro estatuto que não seja o que dá um sentido à história do Homem?
0 comentários:
Enviar um comentário