"Ensinar, pequeno, não é divertido! Não falo daqueles que se safam com algumas frioleiras: tu verás que chegue no decurso da tua vida, aprenderás a conhecê-los. Verdades consoladoras, dizem eles. A verdade, primeiro liberta, depois consola. Mas por que não condolências? A palavra de Deus! é um ferro em brasa. E tu que ensinas, querias pegá-la com pinças, com medo de te queimares, não a seguravas com ambas as mãos? Deixa-me rir."
"Journal d'un curé de campagne" (Georges Bernanos)
Chame-se-lhe a verdade do Evangelho, ou a verdade, sem mais.
Poderá aquele que ensina ser um veículo inerte apenas, confiando talvez em que o que debita se impõe pela sua própria força?
Não tem toda a palavra jacente (a dos livros, mas também a da moderna memória artificial) que ser "ressuscitada" e "encarnada" numa voz, num "testemunho"?
Na situação "interactiva" do que aprende com uma máquina nunca acontece o milagre.
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