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Ontem, na praia, um grupo jogava a bola, apesar do declive da areia, um indivíduo olhava o horizonte longínquo, que é o que apetece fazer diante do mar, e havia alguns que fotografavam: as ondas, os penedos, o céu.
Esses, punham-se, assim, de fora da cena e entregavam-se ao prazer de recriar o mundo nos seus enquadramentos.
Eles próprios poderiam ser a cena de quem os fotografasse a eles, e assim por diante.
O que aproxima a fotografia da abstracção é que nela o olhar cria o seu objecto, como o sujeito, quando pensamos.
Debaixo daquele céu impecável, a câmara, nas mãos do mais ingénuo dos amadores, é um instrumento de análise que transforma a vida em memória e, às vezes, em arte.
Mas tanta gente separada do que vê, tanta "consciência" num dia assim!
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