sexta-feira, 20 de abril de 2007

O HÍFEN DA FORMA



"O aforismo de Nietzsche - "o grau e o tipo de sexualidade de um homem chegam ao último pino do seu espírito" - é algo mais do que um simples facto psicológico. Porque as mais distantes objectivações do pensamento se nutrem dos impulsos, ele destrói nestes a condição de si mesmo."

"Minima Moralia" (Theodor Adorno)


Sim, ou como dizia Alain, nós nunca iniciamos nada, apenas continuamos, com uma pequena manobra do leme, um movimento da natureza.

A ideia da sublimação sexual é portanto verdadeira, mas só a questão do grau pode torná-la significante.

Sem o carburante dos sonhos, do desejo, da nossa forma com hífen (como em corpo-espírito) ou sem ele, as ideias seriam imediatamente "universais", clones inúteis umas das outras.

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