Ludwig Wittgenstein (1889/1951)
["Mas mesmo que o meu desejo não determine o que se vai passar, determina, por assim dizer, o tema de um facto, quer este satisfaça um desejo ou não." Estamos admirados, por assim dizer, não de que alguém saiba o futuro, mas da sua capacidade de fazer uma profecia.]
"Investigações Filosóficas" (Ludwig Wittgenstein)
Isto vem na sequência duma reflexão sobre a noção gramatical de ordem. De facto, parece que quando se dá uma ordem e ela é executada, estamos de algum modo a determinar o futuro.
LW precisa que não é o futuro que antecipamos, mas apenas uma expectativa (que pode ser frustrada), como facto da linguagem.
Mas então é a maior parte das acções humanas que cai no Limbo dos tropismos e dos movimentos necessários.
Só aquilo de que podemos falar (que está estruturado como uma linguagem) imprime a nossa marca no mundo.
A clássica distinção entre a paixão (aquilo a que estamos sujeitos) e a acção (aquilo de que somos a causa livre) não é incompatível com esta ideia.
0 comentários:
Enviar um comentário