Heráclito de Éfeso (540/470 AC)
"O logos de Heráclito é um conhecimento de onde nascem, ao mesmo tempo, "a palavra e a acção". Se quisermos um exemplo deste tipo particular de conhecimento, não seria no pensamento para o qual o Ser nunca pode não ser que deveríamos procurá-lo, mas antes na visão profunda que se revela numa proposição como esta: O ethos é o dáimon do Homem.
(...) quer dizer, o conhecimento do Ser está em íntima dependência e conexão com a intelecção da ordem dos valores e orientação da vida;"
"Paidéia" (Werner Jaeger)
Por que é que isto não é evidente?
Heráclito, o Obscuro (Skoteinós), diz-nos que nem tudo o que conhecemos importa e nos "salva", assim, podemos continuar de olhos fechados e carregados de conhecimento.
Nietzsche haveria de beber nesta fonte embriagadora.
O verdadeiro conhecimento, a "salvação" (do erro, do sono?) dependem da ética, isto é, da justiça na relação com o outro e connosco próprios.
Mas poderia a ciência voltar sobre os seus próprios passos, renegando o seu espectacular crescimento e a sua maravilhosa eficácia?
Ou deveríamos separá-la do conhecimento e considerá-la a mais formidável das forças de produção?
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