sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

MAIS SOBRE MENOS


http://www.volint.it/scuolevis

"Que a ciência, ainda que já não limitada pela finitude da Terra e a sua natureza, possa ser susceptível dum progresso sem fim não é de modo nenhum certo; que a pesquisa estritamente científica nas humanidades, a chamada Geisteswissenschaffe que se ocupa dos produtos do espírito humano, tenha que chegar a um fim é óbvio por definição. A incessante e sem sentido pesquisa académica num número de campos onde só a erudição é agora possível, levou à pura irrelevância, o famoso saber cada vez mais sobre cada vez menos, ou ao desenvolvimento dum pseudo conhecimento que na verdade destrói o seu objecto."

"On violence" (Hannah Arendt)


A ciência moderna parece ter aberto o campo do ilimitado. É já porventura do senso comum que tanto o imensamente grande como o infinitamente pequeno nos são dados progressivamente.

É mesmo impensável que se tenha de "tocar" um limite em qualquer das direcções.

Ora essa "eterna" procura pode, de facto, ser avara de revoluções copernicianas que ponham em causa os fundamentos da nossa concepção do mundo. A descoberta poderá ser ao mesmo tempo ilimitada e sem sentido, rotineira até para quem se habituou a uma certa velocidade na mudança.

Isso, de facto, não será possível nas chamadas ciências humanas que só são um mundo ilimitado para a nova escolástica e o comentário do comentário.

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