O imperador Juliano (331/363)
"No entanto, insinua que os cristãos, a pretexto da caridade, arrebatavam as crianças à religião e aos pais, as transportavam em barcos e condenavam estas vítimas a uma vida de pobreza e servidão num país remoto. Caso a acusação se viesse a provar, cabia-lhe punir e não lamentar."
Edward Gibbon ("Declínio e Queda do Império Romano")
Estas palavras referem-se ao imperador Juliano, o Apóstata, o qual baptizado e educado na religião cristã, tornada oficial desde Constantino, tentou restaurar o culto do paganismo, seduzido pela civilização da Grécia e pela Roma Antiga, e fazem lembrar, curiosamente, certas campanhas do anti-comunismo.
Em todas as guerras de religião há uma "matança dos inocentes" imaginária que visa provar, muito mais do que o erro dos adversários, a sua irremissível falta de humanidade.
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