segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

PANTEÍSMO


"A Barreira Invisível" (1998-Terrence Malick)

"The thin red line" é o filme de guerra mais introspectivo que conheço.

E a proeza é que a reflexão, o monólogo interior não se fazem sobre o passado, através de flashbacks, mas é no próprio presente que eles surgem impondo ao filme um ritmo "sui generis".

A própria música está num plano longínquo e não se envolve no drama, o que cria a sensação de que não está ali a fazer nada, embora também se pudesse achar que é uma terceira voz, imperturbável, como a dum tempo universal.

Ao lado do panteísmo de Malick, a crueza do morticínio ( de onde vem este mal que se imiscui nas nossas vidas?).

O general, depois de despedir o capitão Staros, porque era demasiado generoso, e como este concordasse, concluiu: - Escusa de dizer que concorda. A partir de agora, presumiremos que você está sempre de acordo.

É assim o poder nu, sem a demagogia política, moralista ou religiosa.

Isto, ao menos, permite ideias claras e limpas.

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