O computador nunca pensará como um cérebro, porque este pensa sempre com o corpo, e os próprios sentimentos são já ideia, muito mais do que pura emoção.
Mas é inevitável a comparação, até porque a ficção científica nos habituou à ideia de que não há nenhum órgão que não possa funcionar fora do corpo, evidentemente, transformado noutra coisa.
De resto, como metáfora, tudo se refere ao homem.
E, por exemplo, aquelas importunas interrupções no pensamento, de imagens, palavras e frases que não chegam a ser pensadas, mas que desviam a nossa atenção e nos levam, às vezes, a pensar naquilo que não queremos, não se parecem estranhamente com os pop-ups da Internet?
Esses quase-pensamentos de través são o que a sabedoria da Igreja condenava como propriamente diabólicos ( de acordo com a etimologia, aliás).
Mas quem nos tenta aqui?
É curioso pensar no Diabo como uma espécie de Publicidade da Idade Média.
0 comentários:
Enviar um comentário