Em "A lenda da Fortaleza de Surami", de Sergei Paradjanov (1984), um jovem deixa-se emparedar na muralha para a manter de pé, contra os inimigos do seu país. E reza a moral da história que é invencível o povo que é capaz de tal sacrifício.
Não há, claro, qualquer relação física entre essa imolação e a consistência da fortaleza.
O gesto do jovem Zourab é, no entanto, o maior desafio que se pode fazer à imaginação. E se a ideia lhe é inspirada pela Pítia (ela própria emparedada na sua vidência) e é imediatamente eficaz, é porque opera aqui o realismo dos símbolos.
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