domingo, 11 de março de 2007

ESPERANTO


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"Eu acho que a matemática humana está mais intimamente ligada às nossas fisiologias, experiências e preferências psicológicas específicas do que nós imaginamos. É paroquial e não universal. Os pontos e linhas da geometria podem parecer a base natural para uma teoria das formas, mas são também as características segundo as quais o nosso sistema visual, por qualquer razão, disseca o mundo."

"Cartas a Uma Jovem Matemática" (Ian Stewart)


Mas como seria concebível que a nossa razão, o nosso aparelho conceptual, fossem independentes da fisiologia do cérebro, da história da evolução da espécie?

Os produtos dessa razão podem tornar-se o Mundo 3 de Karl Popper, mundo ao mesmo tempo ideal e objectivo, mas a menos que se acredite numa espécie de inoculação do transcendente, durante o processo, a própria razão deverá ter a nossa forma e a linguagem matemática é a nossa linguagem e não o "esperanto" do universo.

Se não tivéssemos uma mão com cinco dedos, poderíamos chegar à teoria dos números e aos sistemas digitais?

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