"A Via perfeita não conhece qualquer dificuldade,
A não ser que ela se recusa toda a preferência."
"Hsin-hsin-ming" (Tao-hsin, citado por D.T. Suzuki)
Podia-se ser mais anti-Ocidental do que neste poema dum monge do século VI?
A dualidade está inscrita nos nossos genes, mas é o fruto da ignorância para o budismo zen.
E onde estão os que seguem a Via, nesses países conhecidos hoje pelos Tigres da Ásia?
Sem dúvida foi sempre uma vereda solitária, de montanha e, no entanto, devia existir por toda a região a cultura que decantou um tal espírito.
Que farão estas economias felinas de toda essa humanidade?
A nossa ambição impaciente prevalecerá sobre a "não-preferência", e não se vê que um qualquer reequilíbrio seja possível, para além da influência do exotismo, logo transformado num produto de consumo.
1 comentários:
Ponha-se isto a par do relativismo extremo: se a verdade é apenas a convicção de cada um, só duas posturas se aparentam condignas: ou o abraço de toda a preferência ou - porque o relativismo recoloque a questão do que podemos realmente conhecer - o seu sábio abandono.
Por isso, relativismo e cepticismo são sempre o falso ogre na intentona filosófica; em última acepção são vias singulares, de montanha.
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