"The Southerner" (1945-Jean Renoir) podia resumir-se como uma parábola da fé. O milagre que a coragem na atitude dos que nos estão mais próximos opera na nossa alma.
Desde que Sam Tucker (Zachary Sccott) recolhe as palavras do tio moribundo no campo de algodão, decide tornar-se agricultor por conta própria.
A casa desconjuntada que alugou, o poço imprestável, o terreno cheio de pedras e de mato e, para culminar, a resmunguice duma sogra fatalista (Beulah Bondi, figura renoiriana como a velha da "Partie de campagne") quase que o levam ao desespero. Mas a mulher (Betty Field) já arranjou o fogão e prepara o primeiro café.
Depois vem a "febre da primavera" do filho, por falta de leite. Um amigo empresta-lhe o dinheiro para comprar uma vaca.
O casal, ombro com ombro, arrancou à terra uma boa colheita de algodão. Mas a prova mais dura chega com uma noite de temporal. Tudo se perde e a vaca anda à deriva na cheia. Sam baixa os braços e diz ao amigo que está pronto a aceitar um emprego na fábrica.
Mas a mulher não está abatida. Já tem o lume aceso e o café a ferver. Até a velha ajuda à missa, lembrando outras tempestades e como foram vencidas.
Sam volta a acreditar na terra e no trabalho.
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