Fiodor Dostoïevski (1821/1881)
"Nesta visão do mundo, encontra-se tudo o que nos lembra a recomendação de Dostoïevski: "A poesia não pode passar sem a paixão, sem a vossa ideia apontada pelo vosso dedo, ele mesmo erguido com paixão. A indiferença não vale portanto nada, a reprodução realista também não, se o essencial não quer dizer nada.""
"Vladimir Kantor, Le pourfendeur de la barbarie" (Gala Naoumova)
Dostoïevski é de novo citado no artigo de Naoumova: "a beleza salvará o mundo."
A beleza é o que se opõe a uma natureza maléfica que engendra a barbárie.
Quando se acredita nesse carácter do elemento natural, é claro que nenhuma equanimidade pesará muito na balança.
À força negativa da natureza tem de opor-se um espírito apaixonado. E é aqui que a beleza salva, redimindo o corpo convocado na figura da pureza.
Contudo, talvez que a natureza não queira nada de nós, nem contra nós, como postula a ciência moderna.
O método, todavia, conspira contra essa ideia. Haveria uma ciência se ela nos fosse indiferente, se apenas fôssemos lógicos e realistas?
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