O Livro dos Mortos
"Entre várias expressões sublimes que o "Livro dos Mortos" egípcio coloca na boca do justo depois da morte, a mais tocante é talvez esta: - Eu nunca me tornei surdo às palavras justas e verdadeiras."
"L' Enracinement" (Simone Weil)
Não eu nunca fui injusto, mas eu nunca me tornei surdo.
A pior injustiça é a que se faz sem pensar, porque deixámos de ouvir o justo e o verdadeiro.
O sentido dessas palavras perde-se assim como se perde um órgão.
Podemos conservar a nossa inteligência, o nosso dinamismo social, mas com essa deficiência fundamental que é a falta de pensamento.
E pensar é pensar sem rede.
"Deste modo, o que o pensar tem de flutuante encontra-se elevado ao nível do próprio inexprimível que ele pretende exprimir; o não-objectivo torna-se objecto esboçado com essência própria e, nessa medida, mutilado." (Adorno: "Dialectique négative")
1 comentários:
Aqui me sento e me sinto.
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