"Second Life"
Grandes e reputadas empresas, segundo o L'Express, recrutam no mundo virtual.
Alstom, CapGemini, l' Oréal, Unilog e outras servem-se da comunidade da "Second Life" que conta com "mais de 7 milhões de residentes, para descobrir futuros talentos, em directo e em stands recheados de logotipos de empresas."
Quem participa na entrevista virtual é o avatar do candidato que se movimenta no écrã com o rato, como em qualquer jogo da Nintendo. A resposta "real" virá no prazo de 15 dias.
Num golpe de mágica desaparece toda uma cultura da psicologia aplicada, do contacto pessoal que se julgava do interesse insofismável das empresas.
O perfil do interessado é reduzido ao do "homo-interactivus", valoriza-se a sua destreza digital, o seu à-vontade nos ambientes virtuais, a sua capacidade de dissimulação sob uma personagem fictícia, ao mesmo tempo que se verifica o nível da sua resposta quanto aos conhecimentos técnicos e ligados à actividade que poderá vir a exercer na empresa.
Talvez isto não seja muito diferente de um casamento pela Internet, ou de um curso por correspondência. O que me parece relevante aqui é a natural influência dos que cresceram com os jogos electrónicos e a Web num mundo até aqui fechado a tudo o que não fosse o mais convencional sentido das realidades.
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