quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A RELIGIÃO NATURAL



"Deste modo, podemos concluir que em todas as nações que abraçaram o politeísmo, as primeiras ideias religiosas não surgiram da contemplação das operações da natureza, mas da preocupação com os factos da vida e das incessantes esperanças e medos que animam a mente humana."

"História natural da religião" (David Hume)


Por outras palavras, a natureza ensina-nos que tudo pode ser traduzido num conjunto de coisas, num único princípio ou num só desígnio. Einstein ainda procurava uma Teoria do Tudo.

Esta maravilhosa unidade é, no fundo, a unidade do sujeito. As contradições surgem quando o sujeito encontra um outro sujeito. As intenções opostas e os poderes contrários, as acções desencontradas e o torvelinho das paixões caracterizam o mundo humano.

E é essa a primeira experiência do homem, primeiro na família, depois no grupo. Começamos, como diz Hume, por interpretar a natureza segundo o modelo das paixões humanas.

O monoteísmo pressupõe outros monumentos que nos permitam considerar o humano como um objecto fora de nós.

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