Henry Morton Stanley
"No período de poucos anos, o jornalista e explorador de África Henry Morton Stanley celebrou, por conta do rei Leopoldo II da Bélgica, pelo menos quatrocentos "tratados" com chefes africanos que estes interpretaram na maior parte dos casos como acordos de amizade, ao passo que os Europeus viram neles tratados de submissão e contratos de exploração."
"Palácio de Cristal" (Peter Sloterdijk)
A desigualdade nessas relações entre a nação desenvolvida e o reino tribal não era evidente para ambos os lados. À ilusão por parte de uns correspondia o cinismo dos outros.
Isso, mesmo se esta é uma leitura moralista, era sempre preferível à nua relação de forças.
Mas o ponto é: em que pé se deveriam, se poderiam estabelecer tais relações?
O "respeito" etnológico levaria simplesmente à abstinência de quaisquer contactos. A qualquer coisa de tão imponderável como, em relação a nós, se fosse o caso duma extrema precaução nos avanços da tripulação dos ovnis.
A panela de ferro nunca deveria encontrar a panela de barro.
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