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"E nós, que pensamos na ventura
ascendente, sentiríamos a comoção
que quase nos conturba
quando algo de ventura cai."
"Décima Elegia de Duíno" (Rainer Maria Rilke-trad. de Paulo Quintela)
Não só "a chuva a cair sobre o reino sombrio da Terra na primavera", mas a própria luz do sol e os corpos pesados do amor.
Sem dúvida que a posição dos astros está na origem do ascendente. Olhamos para o alto à procura da permanência, do que sabemos estar sempre lá. A noite, uma bela noite dá-nos um sentimento mais profundo ainda do ascendente.
Não admira que o eclipse trouxesse o terror e as fases da lua a incerteza e talvez a primeira ideia da complexidade.
É por isso que a Terra, o olhar que acompanha os nossos passos no caminho é o símbolo duma felicidade que adormece e que se completa na morte.
Mas a Física abriu o firmamento em todas as direcções e a nova casa do homem já não tem alto nem baixo.
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