"A juventude não é a infância. Para as nações, tal como para os homens há um tempo de juventude ou, se assim entenderem, de maturidade, que se deve aguardar, antes de os submeter às leis; mas a maturidade de um povo nem sempre é fácil de conhecer e a obra falha se a acção for prematura. Este povo é disciplinado na infância e aquele não o consegue ser nem ao cabo de dez séculos."
"Do Contrato Social" (Jean-Jacques Rousseau)
Antes de Comte, um primeiro esboço de sociologia, necessariamente inspirado no indivíduo. Esta linguagem é intuitiva e nos antípodas do método estatístico.
Já Menénio Agripa se serviu duma metáfora "antropológica" para convencer os plebeus retirados no Monte Sacro a voltar a Roma e a submeterem-se às leis.
E, primeiro de todos, Platão, cuja "República" se pode ver como uma imagem da alma humana.
É claro que a sociedade que resulta do método científico é muito mais "fria" (para empregar os termos de Mc Luhan) do que aquela em que Rousseau está a pensar.
E a democracia, tal como a conhecemos, será até incompatível com uma imagem orgânica da sociedade.
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