(René Descartes) |
"(...)
a metafísica pode não resolver problemas, mas é necessária para manter vivas as
questões do sentido."
(Odo Marquard)
É o mesmo filósofo que afirma que o
cepticismo não é "a apoteose da
perplexidade; é simplesmente um obrigatório adeus às questões de princípio."
("Farewell to principles")
Isto por uma razão muito prosaica. Não
temos tempo para mudar, de acordo com os princípios. Mas podemos ter tradições
que tornem alguns princípios congeniais.
Quando rompemos com as tradições,
somos levados inevitavelmente ao cepticismo (e à ausência de princípios) se não
formos tomados por outra crença.
O homem "desenraizado" da
tradição está como "peixe na água" num meio social em que tudo
circula, pessoas, ideias e mercadorias.
Se aplicarmos esta ideia de cepticismo
a Descartes, o que vemos é o estabelecimento dum novo princípio ( o Cogito ) em
prejuízo da tradição.
Perplexidade é que não é o caso. o
Príncipe dos filósofos, como lhe chamava Alain, conquistou o mundo moderno com
passo militar, mas sem inquietar as catacumbas da razão.
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