"Escolhes
a pílula azul e tudo pára. Depois poderás sonhar belos sonhos e fazer o que
quiseres. Escolhes a pílula vermelha: continuas no País das Maravilhas e desces
com o coelho branco até ao fundo do abismo."
"Matrix"
(1999, Larry & Harry Wachowski)
Não há verdadeiras alternativas no
mundo da utopia. Aqui o dilema é quimicamente puro. Pílula azul ou pílula
vermelha.
O que torna as coisas menos simples (
porque aparentemente saímos do domínio da ficção ), é que, para muitos, o
dilema já se põe nesses termos e que o "natural" (contra o que
exemplos como esse se inscrevem) não se
encontra em lado nenhum.
No outro dia, vi o filme de Werner
Herzog sobre um rapaz que se curou da droga e da bebida junto dos
"grizzly" do Alaska. Treadwell, de seu nome, viveu durante uma década
a sua alucinação naturalista com os perigosos animais.
Por fim, como ele, no fundo, talvez
desejasse, foi comido por um urso solitário.
Também Treadwell tinha escolhido
refugiar-se no País das Maravilhas.
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