segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

COMO EU APRENDI A DEIXAR DE ME PREOCUPAR COM A CRISE


"Dr. Strangelove" (1964, Stanley Kubrick)








Com esta glosa do filme de Kubrick, quero dizer o que toda a gente pressente. Que qualquer tendência levada ao exagero acaba por encontrar a tendência oposta.

O "Estranho Amor" é, na verdade, a forma da natureza equilibrar as coisas. A euforia do "cow-boy" cavalgando a bomba nuclear está a um passo de acontecer, porque à medida que a crise se vai estendendo a mais países (regressando à sua origem no "global" doutrinariamente desregulado), podemos esperar que as Parcas que tecem a desgraça vão deixar o triplo A no domínio da teoria e da retórica para votarem ao lixo o planeta inteiro.

Tal como Schumpeter dizia da produção que é um subproduto da obtenção de lucros, podemos hoje dizer que a crise é um subproduto da auto-avaliação do sistema especulativo a que, como tantos outros adoradores do Bezerro de Oiro, obedecem  as elites que governam o mundo.


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