terça-feira, 17 de maio de 2011

CARÁCTER APAIXONADO




“O meu carácter apaixonado de outrora não era mais do que uma maneira de me agarrar desesperadamente – a quê ao certo? – a qualquer coisa, em todo o caso, a que não nos podemos agarrar com o corpo.”

(Carta de Etty Hillesum a Julius Spier)



Se tirarmos a ideia a uma paixão, esta converte-se num estado passageiro, numa emoção.

Mas só as ideias que crescem connosco resistem aos contactos com o mundo exterior.

É por isso que o jovem muda facilmente de paixão e o velho, que vai perdendo contacto, acalenta, muitas vezes, uma só e absorvente paixão.

1 comentários:

Anónimo disse...

Todavia, tanto jovens como velhos podem ser, e demasiadas vezes o são, caprichosos.

Maria Helena