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De acordo com Michel
Meyer, correntes do pensamento como o estruturalismo fizeram da linguagem a
matriz das ciências humanas. Apesar disso, tanto quanto julgo saber, faz ainda
falta ao estudo da economia uma abordagem linguística. Não falo, claro, do
chamado “economês”, o qual, no entanto, é em si um fenómeno revelador.
Existe uma espécie de
quimera que alia, aparentemente sem problemas de maior, a matemática ao
monstruoso e que passa, entre os sacerdotes do culto, por ciência ou saber
esotérico.
Que todas as castas
se protegem da realidade, contra a qual não param de disparar a sua pirotecnia,
é um facto conhecido. E nada sofrem com os seus falsos oráculos e prosseguem
como se nada tivesse acontecido.
“O
que acontece quando desesperadamente falham? São despedidos? São amarrados ao
pelourinho expulsos dos postos que
ocupam para sofrer nas voluntárias filas do desemprego a que condenaram os
outros? (…) Claro que não. Economistas falhados são às dúzias nas melhores
escolas. Continuam a ensinar o quer que tenham pensado antes. Nenhuma montanha
de factos empíricos ameaça o seu prestígio.” (Peter
Radfor, “Do we need economists?”)
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