Hitler na igreja |
“O
processo de descristianização começado em França com a Revolução torna-se também
o da desjudaízação progressiva, com a única diferença de que a outorga de
certos direitos de que os judeus tinham sido privados depois de alguns séculos
de perseguição e de provocações torna-o mais aceitável e, por isso, mais
rápido.”
“Os judeus e a
Revolução Francesa” (Michaël Bar Zvi)
O mundo desenvolve-se
a partir duma origem física ou metafísica, com avanços e recuos, mas sempre se
afastando do passado, como o homem se afasta, segundo Darwin, do seu
antepassado simiesco? Nessa concepção,
mesmo as crises profundas, como o foram as provocadas pela “engenharia social”
do século XX, desde o III Reich, ao Gulag e ao Cambodja, poderão fortalecer-nos
no caminho do progresso, a exemplo duma doença grave que conseguimos vencer e que,
por isso, nos faz mais fortes.
Ou o mundo resulta
duma “fractura” e “está ordenado segundo a metáfora do palácio dos vasos
partidos, retomada pela Cabala"? Isto é, o mundo é fundamentalmente imperfeito e
“a expectativa da vinda do Messias não é concebida como uma aspiração à perfeição,
mas como uma reparação.”
A Revolução Francesa
ofereceu a igualdade e a completa assimilação aos judeus com a ideia do homem
saída do “Iluminismo”. Em troca, os judeus esqueceriam a tradição do Livro, a
ideia de um destino, duma missão ou duma promessa.
É interessante
verificar que tendo tantos judeus sucumbido à ideia de que a vocação do homem sobre
a terra é a de “procurar encontrar a felicidade ou gozar os prazeres da vida” nunca
tivessem de todo perdido o sentimento de fazerem parte dum povo que não era o
oficial. Alguns, explicitamente, como Einstein. Outros, como Simone Weil,
fazendo da negação disso o seu suplemento de alma.
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