André Malraux (1901/1976) |
André Malraux diz que
a Revolução (no seu tempo) desempenhava o mesmo papel que outrora a vida
eterna: salvava aqueles que a faziam.
Só isso explica, por
exemplo, que as vítimas dos processos de Moscovo, nos anos trinta, fossem
vítimas “consententes” e mártires aos seus próprios olhos.
A história
encarregou-se de “retirar o tapete” (ou o ascensor) a esses mártires e (salvo uns poucos) de tornar mais
conscientemente religiosos os que se querem salvar.
Mas a ideia da
Revolução não morreu. Deixou só de ter conteúdo. Para dizer a verdade, é uma
ideia quase só negativa. Só sabemos que este sistema se condena a si próprio.
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