“Símbolo
guerreiro, a espada é-o também da guerra
santa (…). A guerra
santa é antes de tudo uma guerra
interior,
o que significa a espada trazida pelo Cristo (Mat.
10,34). E é ainda – sob o seu duplo aspecto destruidor e criador – um símbolo
do Verbo, da Palavra (…). Quando Deus expulsou Adão do Paraíso, estabeleceu
dois querubins munidos duma espada giratória, a fim de guardar o caminho que
conduz à árvore da vida (Génesis 3,24).”
“Dictionnaire des Symboles” (Jean Chevalier e Alain
Cheerbrant)
O corte é mais
radical do que a revolução. Corta-se com a parte doente do corpo, corta-se com
uma falsa amizade, com o passado, e até com a vida. Por isso não é uma ideia
política, onde não se pode cortar com nada, mas apenas fazer compromissos.
É a religião que a inspira
com o seu conceito de pureza. Jeová exige a destruição dos ídolos e uma dieta
exclusiva. O corte do prepúcio é a marca duma separação e duma nova vida.
Quando a “tabula
rasa”
aparece, já deixámos a política. Outras igrejas defenderão a ortodoxia e
virtudes que de republicanas ou
socialistas só terão o nome.
Sem condições para fundar a vida, a "guerra santa" pode regenerar os indivíduos. Cristo afasta os vendilhões do templo, como se pudesse inspirar uma polícia... Mas é quando transportamos a ideia para o interior de nós mesmos que a espada ou a vergasta ganham todo o seu sentido.
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