sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A ESPADA




“Símbolo guerreiro, a espada é-o também da guerra santa (…). A guerra santa é antes de tudo uma guerra interior, o que significa a espada trazida pelo Cristo (Mat. 10,34). E é ainda – sob o seu duplo aspecto destruidor e criador – um símbolo do Verbo, da Palavra (…). Quando Deus expulsou Adão do Paraíso, estabeleceu dois querubins munidos duma espada giratória, a fim de guardar o caminho que conduz à árvore da vida (Génesis 3,24).”

“Dictionnaire des Symboles” (Jean Chevalier e Alain Cheerbrant)



O corte é mais radical do que a revolução. Corta-se com a parte doente do corpo, corta-se com uma falsa amizade, com o passado, e até com a vida. Por isso não é uma ideia política, onde não se pode cortar com nada, mas apenas fazer compromissos.

É a religião que a inspira com o seu conceito de pureza. Jeová exige a destruição dos ídolos e uma dieta exclusiva. O corte do prepúcio é a marca duma separação e duma nova vida.

Quando a “tabula rasa” aparece, já deixámos a política. Outras igrejas defenderão a ortodoxia e virtudes  que de republicanas ou socialistas só terão o nome. 

Sem condições para fundar a vida, a "guerra santa" pode regenerar os indivíduos. Cristo afasta os vendilhões do templo, como se pudesse inspirar uma polícia... Mas é quando transportamos a ideia para o interior de nós mesmos que a espada ou a vergasta ganham todo o seu sentido.

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