“São
traduzidos anualmente mais livros para grego, uma língua falada por 10 milhões
de pessoas, do que para a língua árabe falada por 220 milhões.”
(Anna
Applebaum, no “Washington Post”, citada por Teresa de Sousa)
Será o número de
livros traduzidos um bom indício do “isolamento” das teocracias do Médio
Oriente?
O não conhecimento do
Outro é fundamental a esses regimes e decerto que isso é um bom indício duma
atitude defensiva e armada ideologicamente contra o exterior. Mas a comunicação
entre as culturas, nos nossos tempos, está longe de se cingir ao escrito.
Como se vem
assistindo naquela região, a comunicação mediática teve resultados explosivos. Não,
infelizmente, a comunicação de ideias, nem sequer a da linguagem básica do
moderno “esperanto” internacional, mas a das imagens. Essa característica delimitará
o alcance das transformações e seríamos ingénuos se esperássemos que dali poderia
surgir um embrião democrático.
As imagens não fazem nem
boas nem más elites. Agregam entusiasmos, suficientes para derrubar um regime
mas que só poderão criar ilusões como as que enchem os barcos que chegam a
Lampedusa. E isso é uma ideia ou a prova do vazio?
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