Máscara de Beethoven |
“Tenho
que me habituar a pensar no todo, logo que ele se apresente, com todas as
vozes, na minha cabeça.”
“Nota de
Beethoven, em 1810, no seu caderno.”
Não deveríamos todos
fazer assim, numa situação nova e complicada? Neste caso, a ideia do todo não é
uma solução, é um método para a conformação das partes, um guia para assegurar
que, no fim, tudo jogue entre si.
Mas se há uma ideia
que ainda não nos apercebemos que não pode ter lugar nesse jogo e que queremos
conservar por idiossincrasia, gosto ou fidelidade, ou por uma paixão qualquer,
o todo não se apresenta na nossa cabeça e trabalhamos para a dissonância.
Era preciso que
Sócrates não fosse tão convencido para ter antevisto o que se ia passar. Mas,
ao mesmo tempo, é essa convicção que assegura o seu êxito num país de
descrentes.
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