"(...) não pode de modo algum roubar o patrão: a escravidão, que economicamente nada significa, tem em direito um notável significado: um simples subordinado, se é escravo, pode ser torturado e punido pelo patrão e era por isso que um patrão não podia denunciar o seu escravo (nem porventura o seu assalariado); fazia justiça por suas mãos."
"A sociedade romana" (Paul Veyne)
Escusado será dizer que nesta situação não havia acumulação de serviço, nem processos atrasados...
Este poder das "mãos livres", detido pelo dominus, era realmente expedito.
E é talvez o fantasma por detrás daquele discurso anti-estado sobre a máxima eficácia, característico da moderna reencarnação do dominus em tantíssimas empresas, onde o assalariado (mercennarius) se quer sem sindicato e, se possível, sem contrato.
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