Santo Anselmo (1033/1109)
Dom Quixote utiliza o argumento de Santo Anselmo para provar a existência da sua Dulcinea del Toboso.
Quando os Duques o interrogam sobre a identidade da sem-par, ele não fica perturbado pelo facto de não a conhecer em carne e osso, mas encarece todas as suas perfeições, às quais, como no argumento ontológico, não pode faltar a da existência.
Por tantos modos se encontram os caminhos da loucura e os da fé mais genuína que esta monumental sátira aos romances de cavalaria facilmente se pode transformar numa crítica da Razão (Cervantes, percursor de Kant?).
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