Observando esse quadro de Velasques em que se representa o célebre autor de fábulas e filósofo estóico, procuramos o que distingue a personagem que nada para além da pobreza do ambiente ajuda a definir, porque tudo está no olhar sem ilusões e sem medo, na doença e na pose, sem qualquer apoio ou pretensão do corpo, no traje que podia ser o de todos os dias, de longe da vista do semelhante. O que vemos é um homem sem nenhuma vaidade.
Não há o menor indício de sensualidade ou de cor. Com a vaidade parece que também a alegria desertou.
Este Esopo, tão sábio e prudente, chegou, talvez, ao fim do curso de como aprender a morrer.
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