(Baudelaire) |
"É devido a uma incompreensão universal que todos concordam. Porque, se por azar, as pessoas se compreendessem umas às outras, nunca estariam de acordo."
(Charles Baudelaire)
Misantropo, o autor das "Flores do Mal"? Nem tanto. Basta pensar que a "simplificação" do que na realidade é sempre mais complexo do que aquilo que possamos julgar é a forma de nos entendermos.
Karl Popper explica como a própria física que julgamos mais simples do que os factos sociais, é na verdade mais complexa porque, em princípio, não deveria conter nada de humano, enquanto alguma racionalidade existe sempre no social, algo que é próprio de nós e que podemos melhor compreender. O sucesso da física fica, pois, a dever-se a à drástica "simplificação", para os nossos fins, a que temos de submeter os dados físicos que, afinal, mais do que complexos são transcendentes.
Pelo contrário, na sociologia, avançamos pouco, não por causa de qualquer transcendência mas devido à sua real complexidade. Mas a nossa solução é sempre a mesma: simplificar.
O que se passa, no espírito do outro nunca o poderemos saber ( e ele próprio, até certo ponto, não o sabe). Digamos que compreender o outro para além dos seus actos ( e das suas palavras) é impossível e até inútil para os fins duma sociedade.
Basta por isso que estejamos de acordo no primeiro grau.
Karl Popper explica como a própria física que julgamos mais simples do que os factos sociais, é na verdade mais complexa porque, em princípio, não deveria conter nada de humano, enquanto alguma racionalidade existe sempre no social, algo que é próprio de nós e que podemos melhor compreender. O sucesso da física fica, pois, a dever-se a à drástica "simplificação", para os nossos fins, a que temos de submeter os dados físicos que, afinal, mais do que complexos são transcendentes.
Pelo contrário, na sociologia, avançamos pouco, não por causa de qualquer transcendência mas devido à sua real complexidade. Mas a nossa solução é sempre a mesma: simplificar.
O que se passa, no espírito do outro nunca o poderemos saber ( e ele próprio, até certo ponto, não o sabe). Digamos que compreender o outro para além dos seus actos ( e das suas palavras) é impossível e até inútil para os fins duma sociedade.
Basta por isso que estejamos de acordo no primeiro grau.
0 comentários:
Enviar um comentário