quarta-feira, 13 de maio de 2009

A INFÂNCIA DA HUMANIDADE


Marx & Engels Internet Archive


"Recorrendo à maravilha dos poetas gregos que tanto amava; recorrendo, como vimos, embora talvez inconscientemente, à linguagem dos profetas, Marx fala, e volto a citar, da 'infância social da humanidade, onde a humanidade se manifesta em completa beleza.' E quando voltamos a perguntar, com impaciência crescente, em que consiste a queda do homem? Que pecado cometemos?, o marxismo não consegue responder."

"Nostalgia do Absoluto" (George Steiner)


Se não tivéssemos atrás de nós, na infância ou numa qualquer idade de oiro, a fonte da inspiração, poderíamos reconhecer a imperfeição do presente?

Como diz Simone Weil, não pode ser o futuro a inspirar-nos porque ele nada é ainda. Mas também não recorremos a um passado abstracto, a uma tradição em que não nos sintamos incarnados.

Talvez que a infância, a sua maravilhosa ausência de lastro, a sua leveza seja mais um lugar do que uma idade do homem. Um lugar que não pode existir em lado nenhum porque já prescreveu. E essa é uma definição da utopia.

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