"Tal como as equipas de perfuração do petróleo têm de chegar, hoje, a incríveis extremidades, também os baleeiros experimentavam grandes dificuldades à medida que a indústria do óleo de baleia atingia o seu ponto de ruptura. As viagens chegavam a durar quatro anos, e prometiam tédio, trabalho extenuante, tempo rigoroso, maus tratos, má comida, alojamentos superlotados e maus cheiros."
"A Thousand Barrels a Second" (Peter Tertzakian)
O óleo de baleia já iluminou o mundo, antes da electricidade. Antes de se extinguir o bíblico mamífero, apareceu, providencialmente, o petróleo barato.
Mas agora é preciso furar mais longe e em piores condições geográficas e políticas, para obter um crude de menor qualidade.
O autor fala num incrível milhar de barris por segundo, sem nada à vista que possa assegurar a mudança para outro tipo de energia à medida da urgência da nossa "sede".
Mas isso é o que caracteriza o futuro. Só o poderíamos prever se a realidade se revisse nas simulações dos nossos modelos.
Faz parte dos imprevistos desse futuro o resultado das decisões de homens que acreditam nessas projecções e actuam consequentemente e de homens que continuam a viver como se tudo isso não fosse com eles, ou como se se pudesse sempre contar com uma descoberta da maravilhosa ciência que nos permita aterrar sem sobressaltos num ponto além da ruptura.
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