Peter Sloterdijk
"Quem, apesar de tudo, reconhece ou sente "esta vida" como delimitada e perdida de antemão, já não pode ser absorvido pela embriaguez vital como os mundanos não-marcados que, graças ao seu não-recordar do limitado, são imortais."
"O Estranhamento do Mundo" (Peter Sloterdijk)
"Os marcados metafisicamente têm de se preocupar em descobrir outra imortalidade - uma imortalidade que é concebida mais celestial e não-nata que a dos mortais correntes não-preocupados em demasia com o nascimento e com a morte." (ibidem)
Tanto os "marcados" (como pelo destino) como os não-preocupados se dedicam a alguma forma de negação do mundo.
Uns, recusando limitar a realidade, isto é, eles próprios, ao drama humano, recusando ver na morte o fim de algo de que não conhecem o princípio. Os outros, não se colocando questões difíceis ou insolúveis e deixando-se inebriar pela vida.
Ou seja, uns pensando a imortalidade, os outros vivendo-a. E não se nega o Mundo como casulo, mas o Cosmos sem a Humanidade.
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