sábado, 28 de junho de 2008

ARISTOCRACIA EMPRESARIAL


Octávio César Augusto


"Mecenas tê-lo-ia dito a Augusto: é necessário aumentar o número de senadores e de cavaleiros tanto quanto for necessário para governar quando e como deve ser; e sabe-se que, de facto, esses grupos se alargaram em proporções sensíveis, mesmo que nunca tenham deixado de constituir uma ínfima minoria em relação ao conjunto das populações."

"O Cuidado de Si" (Michel Foucault)


É uma aristocracia de serviço para administrar o mundo, conclui Foucault, servindo-se da expressão de R. Syme "managerial aristocracy".

Não que alguma vez se tivesse perdido a consciência das relações de força entre o conquistador e o conquistado. Mas na ideia do império como administração, quase como no universo das empresas as relações entre as filiais e a casa-mãe, parece antecipar-se a utopia de Lenine de substituir a política (entendida como o domínio da força e não da palavra) pela administração, com a célebre imagem da cozinheira à frente do Estado.

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