Homer Simpson |
"Se
a estupidez, com efeito, vista de dentro, não se parecesse, até se confundir
com ele, com o talento, se vista de fora, não tivesse todas as aparências do
progresso, do génio, da esperança e do melhoramento, ninguém quereria ser
estúpido e não haveria estupidez."
"O Homem
Sem Qualidades" ( Robert Musil)
Ninguém é estúpido voluntariamente,
empregando a fórmula socrática relativa ao mal. Mas, precisamente, não sabemos
quando o somos ( não falo da incapacidade de pensar que todos já sentimos).
O génio pode ser assim uma ilusão até
que a verdade revele nele a pura estupidez. É verdade, por exemplo, que a
estupidez pode fazer o seu caminho na política e chegar à aparência
superlativa, até que o "espírito da época" mude e a ilusão se torne
manifesta.
"Vemos, ouvimos e lemos"
diariamente opiniões conceituadas que tomamos pelo seu valor facial (porque não
são apenas essas opiniões que são estúpidas), e que pouco tempo depois nos
parecem ser parte duma espécie de loucura colectiva (basta olhar para os mitos
criados no 25 de Abril).
O fenómeno tinha que ter,
evidentemente, a sua contrapartida na situação da inteligência que passa por
estupidez.
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