Louis Henri Joseph de Bourbon, Prince de Condé |
"Tudo anuncia, tudo prova um sistema de insubordinação racional e o desprezo pelas leis do Estado [...]. Quem poderá dizer onde se deterá a temeridade das opiniões? Os direitos do trono foram postos em questão [...]. Em breve, os direitos de propriedade serão atacados; as desigualdades de fortuna serão apresentadas como um motivo de reforma."
"Manifesto
dos príncipes (Condé, Conti e o conde d'Artois) de 12/12/1788, cit. por
Jean-Christian Petitfils)
Se estivesse uma Revolução à vista, imaginar-se-ia
um tal manifesto da parte dos "privilegiados" do sistema?
Nunca por nunca deveria esse manifesto
invocar a subversão das leis do Estado, porque o Estado, segundo eles, deve ter
o mínimo de leis possíveis e regulamentar o menos que puder.
Os direitos da democracia? Se se passa
por cima da vontade do eleitorado para impor a receita "necessária"…
E quanto ao resto, não precisamos de
que as desigualdades, cada vez maiores, sejam consideradas como a consequência
do direito inalienável de cada um a utilizar, em benefício próprio, as suas
capacidades e, mais importante ainda do que isso, a sua própria sorte? A
desigualdade não é um problema: ela é a "galinha dos ovos de oiro"!
Esse outro "manifesto dos príncipes"
nunca "deveria" aparecer sob tal forma, porque esta guerra social foi
desencadeada pela "desclassificada réplica" daqueles que o lançaram
em vésperas da Revolução.
Mas não estaremos certos de que se
bateriam pelos seus privilégios também
com essas armas?
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