"Durante
os períodos "normais", os cientistas de facto pesquisaram e testaram
as suas teorias, mas em vez de tentarem alcançar uma nova verdade, eles apenas
procuraram, realmente, confirmar o
paradigma científico do dia."
Karen Atmstrong (citando Thomas Kuhn)
É sabido que esse
"seguidismo" (para aplicar aqui um conceito político) é muito
necessário para estabelecer a solidez dos nossos conhecimentos, ao mesmo tempo
que cria o ambiente necessário para encontrar a novidade. É como o cão de que
fala Musil. Ele leva o osso em má posição, mas vai-a adaptando até conseguir
passar. Se é verdade que não podemos deduzir o novo a partir do velho, isto é,
que a descoberta não é um processo lógico, então o estado de espírito, a "attente" ( noção Weiliana) são
fundamentais.
Um escritor só encontra ideias se se
deixar "obcecar" pelo seu tema. Pode ser uma "obsessão" a
correr em segundo plano, enquanto ele parece levar uma vida normal. O certo é
que quem prefere a distracção não pode encontrar nada.
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