quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O NOVO E O VELHO




"Durante os períodos "normais", os cientistas de facto pesquisaram e testaram as suas teorias, mas em vez de tentarem alcançar uma nova verdade, eles apenas procuraram,  realmente, confirmar o paradigma científico do dia."


Karen Atmstrong (citando Thomas Kuhn)



É sabido que esse "seguidismo" (para aplicar aqui um conceito político) é muito necessário para estabelecer a solidez dos nossos conhecimentos, ao mesmo tempo que cria o ambiente necessário para encontrar a novidade. É como o cão de que fala Musil. Ele leva o osso em má posição, mas vai-a adaptando até conseguir passar. Se é verdade que não podemos deduzir o novo a partir do velho, isto é, que a descoberta não é um processo lógico, então o estado de espírito, a "attente" ( noção Weiliana) são fundamentais.

Um escritor só encontra ideias se se deixar "obcecar" pelo seu tema. Pode ser uma "obsessão" a correr em segundo plano, enquanto ele parece levar uma vida normal. O certo é que quem prefere a distracção não pode encontrar nada.

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