"Mas
na nossa economia - mais de 95% do dinheiro não é moeda. A maior parte do
dinheiro consiste de entradas em contas electrónicas. Contas de poupança, contas-cheques, linhas de crédito, saldos de
cartões de crédito, contas de investimentos. Nesse
sistema electrónico, é criado dinheiro novo, não imprimindo notas, mas gerando
crédito. De cada vez que um banco concede a alguém um novo empréstimo, está a
criar dinheiro. É como uma grande máquina de mágica criando dinheiro a partir
do ar e do vento. Chamam-lhe o sistema de crédito privado."
("What do Banks Actually DO? Teach-In for Occupy Toronto"
by Jim Stanford in "Real Economics")
O capital aplicado pelos bancos nesse
sistema pode ser 1/50 do dinheiro posto em circulação. Os bancos canadianos só
emprestaram 20 vezes o seu capital, "não 50 vezes como os Europeus
fizeram." (ibidem)
É um sistema quase seguro, à custa dos contribuintes, no caso de "bail-out", beneficiando os bancos, além disso, de taxas de
impostos reduzidas.
Não admira que o sistema não se queira
regenerar.
Mas quem tem força para expor esse
abracadabra financeiro tal como ele é na realidade, se a imagem é hoje, também,
uma questão de poder? Não vemos os burocratas de Bruxelas a tentar passar a
esponja sobre a magia negra e o tiro ao alvo das bolsas, em nome da economia e
do emprego?
O "apertar de cavilhas" do
sistema bancário alguma vez poderá ser outra coisa que cosmética para iludir a
opinião pública?
Os bancos perdem milhões de um dia
para o outro, tão depressa quanto os ganharam. Mas que risco é o deles se o
Estado "põe a mão por baixo"
e não estão a jogar com o seu dinheiro?
"Se
os especuladores tivessem de pôr o seu próprio dinheiro nessas bolhas de
investimento, os preços nunca atingiriam níveis tão precários e destrutivos."
(ibidem)
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