domingo, 2 de outubro de 2011

A IDEIA DE CÉSAR

Júlio César


O poder e a força são coisas distintas, evidentemente. Um ditador pode perder o poder sem perder a força. Mas a partir desse momento, a sua sorte está ditada. Isto significa que não é a forma do governo que permite fazer a distinção.

Mas o que pensar, por exemplo,  do papel dos militares no poder? Não há dúvida que o exército é um exemplo da "acção em conjunto" e que um general, em princípio, não se fortalece a si próprio. No entanto, não há dúvida que a intervenção dos militares na política, no melhor dos casos, força uma recomposição do governo, mas as mais das vezes, é uma manifestação de força incapaz de gerar poder.

Júlio César, com o seu golpe, trouxe a Roma uma nova e duradoura fórmula de poder. E a prova de que a sua empresa não foi apenas uma acção individual é o facto da sua ideia lhe ter sobrevivido.

Em certos políticos, o poder parece confundir-se com a força individual. Mas se fossem a mesma coisa, o regime acabava com o homem.

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