Júlio César |
O poder e a força são coisas
distintas, evidentemente. Um ditador pode perder o poder sem perder a força.
Mas a partir desse momento, a sua sorte está ditada. Isto significa que não é a
forma do governo que permite fazer a distinção.
Mas o que pensar, por exemplo, do papel dos militares no poder? Não há
dúvida que o exército é um exemplo da "acção em conjunto" e que um
general, em princípio, não se fortalece a si próprio. No entanto, não há dúvida
que a intervenção dos militares na política, no melhor dos casos, força uma
recomposição do governo, mas as mais das vezes, é uma manifestação de força
incapaz de gerar poder.
Júlio César, com o seu golpe, trouxe a
Roma uma nova e duradoura fórmula de poder. E a prova de que a sua empresa não
foi apenas uma acção individual é o facto da sua ideia lhe ter sobrevivido.
Em certos políticos, o poder parece
confundir-se com a força individual. Mas se fossem a mesma coisa, o regime
acabava com o homem.
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