segunda-feira, 13 de junho de 2011

O UNIVERSAL



“A tensão natural da República em relação ao universal permitiu, ao longo da história, substituir a nação pela Europa enquanto aguardava uma nova identidade, ainda mais vasta, ainda mais universal.”

(Fr. Jean-Michel Potin in “’Liberdade, Igualdade, Fraternidade’: ou a impossibilidade de ser filho.”)




Nos domínios do universal, surgiram, entretanto, novos protagonistas que não ajudam a alargar a ideia europeia. Para além da própria Europa mal se descolar do conflito entre as suas particularidades internas, o comércio e o capitalismo que primeiro escavaram os caboucos duma organização mundial foram, entretanto, captados por outra entidade mais vasta e nem por isso tranquilizadora: a “globalização”.

Embora a República possa falar “a mesma língua” do novo fenómeno, não devemos embarcar num qualquer radicalismo de “aceleração da história”. Porque, como disse Rémi Soulié, citando Péguy, o universal só se torna efectivo com o “arrancar total da fé, das liberdades, dos usos, dos costumes, das tradições e da língua (…)”

0 comentários: