“A
tensão natural da República em relação ao universal permitiu, ao longo da
história, substituir a nação pela Europa enquanto aguardava uma nova identidade,
ainda mais vasta, ainda mais universal.”
(Fr.
Jean-Michel Potin in “’Liberdade, Igualdade, Fraternidade’: ou a
impossibilidade de ser filho.”)
Nos domínios do
universal, surgiram, entretanto, novos protagonistas que não ajudam a alargar a
ideia europeia. Para além da própria Europa mal se descolar do conflito entre
as suas particularidades internas, o comércio e o capitalismo que primeiro escavaram
os caboucos duma organização mundial foram, entretanto, captados por outra
entidade mais vasta e nem por isso tranquilizadora: a “globalização”.
Embora a República
possa falar “a mesma língua” do novo fenómeno, não devemos embarcar num
qualquer radicalismo de “aceleração da história”. Porque, como disse Rémi
Soulié, citando Péguy, o universal só se torna efectivo com o “arrancar total da fé, das liberdades, dos
usos, dos costumes, das tradições e da língua (…)”
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