"Fleurs dans un vase" (Renoir) |
“Pra minha imperfeição está suspenso
Em cada flor da terra um tédio imenso.”
Sophia (“O Dia
do Mar”)
Não vamos de
maravilha em maravilha, nem podíamos. Não é o sono a melhor prova de que a
presença está ligada por um cordão secreto à pura ausência?
Nem a infância está
livre do tédio, apesar de, para ela, tudo ser novo. É no reino das palavras que
a criança é imperfeita, mas a natureza também não a salva do tédio.
Se calhar, é só por
causa da simetria e da lógica, e por contraste com a alegria, que inventámos o
tédio.
No poema, o tédio vem-nos
de não sermos deuses, como se o Olimpo fosse um modelo de vivacidade...
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