sexta-feira, 24 de junho de 2011

O NOBEL DA ECONOMIA É PERIGOSO?



“Na natureza nunca repetimos o mesmo movimento. Em cativeiro (no escritório, no ginásio, nas deslocações quotidianas, no desporto), a vida não é mais do que uma sequência de danos de stress repetitivo. Não há nenhuma casualidade.”


(Nassim Taleb, citado in Il Sole 24 Ore)



Taleb, que advoga a abolição do prémio Nobel da Economia porque as teorias económicas podem ser devastadoras, não deveria estar mais de acordo no caso de Milton Friedman, em quem alguns vêem o arquitecto da desregulação total cujos efeitos ameaçam hoje a nossa soberania e a de outros países.

Mas não estou certo de que não abrisse uma excepção para este Nobel, dada a sua oposição às directivas de “cima para baixo” na economia, o que o keynesianismo e qualquer intervenção do Estado são claramente.

Como se entende pela citação, Taleb acredita numa lei ao nível do orgânico e do micro-social que se poderia confundir com a ideia duma catástrofe programada. O que quer que façamos condena-nos ao plano da “Providência”.

Não sei se isto não corresponde, em economia, ao regresso encapotado da “Mão Invisível”.


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