Stanley Baldwin (1867/1947) |
"Há três
classes que precisam de santuário mais do que outras - pássaros, flores
selvagens e Primeiros-Ministros."
(In ‘Observer' 24 May 1925, Stanley Baldwin)
Isto é humor. Mas
falemos de classes sociais. A mais comum das classificações da estratificação
social é a que divide a sociedade em classe alta, média e baixa, com as
correspondentes subdivisões para baixo e para cima. Esta classificação tem o
mérito de adaptar-se tanto a um critério económico, quanto cultural ou burocrático.
Mas é apenas, e inevitavelmente, uma simplificação.
As coisas mudam drasticamente quando a
classificação cede ao chamado movimento dialéctico, isto é, à lógica dum
sistema abstracto (com pretensões a reproduzir a realidade). As categorias
ganham então uma dinâmica própria, como quando se introduz a ideia das classes
antagónicas que, segundo aquela dialéctica, deverão ser, graças à simples
lógica, superadas pela "negação da negação", ou seja o antagonismo
dará lugar a uma sociedade sem classes.
Ora, é tão arbitrário reunir pássaros,
flores selvagens e primeiros-ministros numa classe, quanto as diferenças reais
entre os homens num "paraíso" socialista.
0 comentários:
Enviar um comentário