quinta-feira, 30 de junho de 2011

AVALANCHE



“Assim, pois, as avalanches fazem-se algumas vezes por meio de um calhau do tamanho da ponta do dedo.”

“Lorenzaccio” (Alfred de Musset)



Mas experimente-se provocar uma avalanche sem a massa que está suspensa desse imponderável. Sem a acumulação da pedra, nenhum calhau tem esse poder.

Há um modo de ver a história em que só se distingue o último calhau e, para o bem e para o mal, os acontecimentos ficam associados a um nome.

O que quer dizer então que não há homens de estatura na presente crise europeia? Que é precisa ainda alguma pedra ou neve para desencadear a avalanche.

Uma vez disseram-me que a Revolução era como um comboio que se podia perder, se não estivéssemos vigilantes. Que imodéstia! Como se pudéssemos escapar-lhe, se esse comboio fosse real…

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