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“A
história, acelerando-se, abriu o fosso entre o homem e o real, entre o homem e
o homem.”
Michel Meyer (“Les
Rhétoriques du XXe siècle”)
A principal causa
dessa aceleração parece ser o desenvolvimento da tecnologia. A imprensa, e
electricidade ou o computador anularam a distância e multiplicaram os contactos
de forma exponencial.
Para o observador de
Sírius, a certa altura, a colmeia humana começou a fazer um zumbido
ensurdecedor, e os movimentos, de tão rápidos, deixaram de apresentar as formas
individuais. Assim nos surge uma auto-estrada cheia de traços de luz em vez de
carros, em algumas fotografias com pouca luz e velocidade do obturador mais
baixa. É como se estivéssemos em vias de construir uma outra integração e um
novo ser.
Isto parece
contradizer a ideia do fosso, mas o real nunca foi o não-humano (estivemos
sempre dentro da “nuvem” humana) e a única distância é a de homem para homem,
com aceleração ou sem ela.
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